No Brasil, atualmente, o cenário mais comum de se encontrar nas empresas são funcionários desmotivados, descontentes e exaustos. E o problema vai além desses comportamentos, que geralmente resultam em problemas relacionados à saúde mental.
Uma em cada quatro companhias afastaram até cinco funcionários por adoecimento mental nos últimos 12 meses, segundo uma pesquisa com 251 empresas brasileiras feita pelo portal Empregos.com. E, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), problemas relacionados à saúde mental são responsáveis por grande parte da perda de produtividade dos profissionais.
Isso acontece porque os colaboradores estão entrando em um momento de esgotamento profissional, na qual as pressões por metas, o trabalho exaustivo e a falta de reconhecimento acabam prejudicando o desempenho profissional, mas nem sempre os gestores estão atentos a isso.
A Síndrome de Burnout, por exemplo, caracteriza-se como uma doença ocupacional que é gerada pelo excesso de trabalho. Segundo a International Stress Management Association, o problema já atinge mais de 30% dos mais de 100 milhões de funcionários brasileiros.
Mas por que as organizações não estão percebendo isso? Por conta da sutileza dos sintomas, que podem ser confundidos com simples cansaço, ou até, descaso. Por este motivo, é importante existir uma atenção redobrada por parte dos gestores.
Procure identificar os casos
Quando a situação na empresa não vai bem e há algo de errado com os colaboradores, é dever dos líderes intervir, mas como identificar os problemas? Veja os principais sintomas:
- Queda na produtividade;
- Aumento da irritabilidade;
- Aparência de cansaço;
- Alteração de humor repentina;
- Negatividade em relação aos processos e novas ideias;
- Apatia nas reuniões;
- Falta de interesse e comprometimento com metas, com os colegas e prazos;
- Baixo sentimento de realização e felicidade no trabalho;
- Ansiedade (que, em níveis intensos pode causar insônia, irritabilidade e dificuldade de concentração);
- Distanciamento social de colegas e familiares.
Após identificados os casos, as empresas podem abordar o tema por meio de palestras, feedbacks individuais, dinâmicas em grupo, etc. O importante é mostrar empatia e entender que um colaborador infeliz também é um colaborador improdutivo e descontente com o trabalho, e que pode deixar a empresa em qualquer momento.
Como ajudar?
Para além das atividades, incorpore um papel de apoio dentro da organização. Destaque o papel do RH, ofereça apoio e ouça as sugestões dos seu time. A liderança também deve mostrar-se vulnerável e dividir seus pensamentos durante os feedbacks com a equipe, pois dessa forma, os liderados poderão de fato confiar em um gestor preocupado com a saúde mental de todos.