A felicidade corporativa pode parecer um conceito utópico, mas muito já se fala sobre a aplicação prática deste conceito. Para muitas pessoas a associação entre trabalho e felicidade é impossível, ou está atrelada a recompensas materiais, como um aumento salarial ou uma promoção. Essa mentalidade também é a de muitos gestores, mas o processo de repensar o clima organizacional começa a ganhar força nas empresas.
As gerações anteriores criaram preceitos muito sólidos sobre trabalho, carreira e felicidade. Esses valores foram passados de geração em geração, e repetidos até a completa saturação.
As metas profissionais das gerações passadas eram passar muito tempo na mesma empresa, ser promovido a cargos de confiança ou até ganhar os salários mais altos. Com o passar dos anos, as gerações mais novas, principalmente os millennials e a geração Z, estão ressignificando esse assunto.
Entendendo o conceito
Sabe-se, hoje, que a felicidade no trabalho é fundamental para o sucesso de uma organização, independentemente do seu campo de atuação.
Essa é a conclusão do estudo ‘’Os segredos das empresas e colaboradores mais felizes’’, realizado pela consultoria Robert Half em parceria com a Happiness Works. Foram avaliados os níveis de felicidade de mais de 23 mil profissionais, de diferentes faixas etárias e níveis de experiência, em oito países (Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Estados Unidos, França, Holanda e Reino Unido).
Pela pesquisa, colaboradores felizes se esforçam para alcançar os objetivos organizacionais definidos, defendem suas organizações e espalham otimismo ao falar do local em que trabalham. Além disso, compartilham sentimentos positivos sobre os seus empregos fora do local de trabalho e nas mídias sociais, ação que melhora a reputação da companhia e pode reforçar os esforços de recrutamento.
A felicidade também impacta positivamente na qualidade do trabalho e nos resultados. Para se ter uma ideia, estudo realizado nos centros de contato da empresa britânica de telecomunicações BT por um período de seis meses, por pesquisadores da Universidade de Oxford, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), e da Erasmus University Rotterdam, constatou que os funcionários são 13% mais produtivos quando felizes.
Um colaborador feliz mostra isso aos que o conhecem, então muitos aspectos estão nítidos, e outros, implícitos. Lealdade, engajamento, inovação, criatividade e saúde são alguns dos benefícios.
Como implementar práticas de bem-estar?
Para saber como trazer este conceito para a sua empresa, é necessário desprender-se de antigos pensamentos rígidos, e sim, ter uma visão mais abrangente e flexível. Veja algumas etapas para que podem viabilizar a felicidade corporativa no seu time:
- Descobrir e entender os pontos fortes: as pessoas são mais felizes quando se sentem desafiadas e se dedicam a algo que amam fazer, por isso é importante que sejam estimuladas.
- Repensar o trabalho: adequar as atividades e as interações, ‘’mudando’’ o significado do trabalho para atuar com um sentimento maior de realização e propósito.
- Celebrar as conquistas: festejar pequenas metas alcançadas aumenta a motivação e traz mais senso de desafio e realização aos colaboradores.
- Investir em desenvolvimento pessoal e profissional: as pessoas se sentem mais realizadas quando percebem que estão aprendendo e evoluindo, além de treinamentos de funções atuais, também realizar o preparo dos profissionais para situações futuras.
- Reconhecer o colaborador: evitar cobrar tanto e sim valorizar e reconhecer mais os acertos.
- Apostar na segurança psicológica: práticas diárias da liderança podem criar um ambiente seguro para as pessoas se expressarem sem medo.
- Aumentar a empatia: com isso, os indivíduos podem encontrar no trabalho um local seguro para o acolhimento.
- Flexibilidade e autonomia: manter e permitir a harmonia entre a vida profissional e pessoal do colaborador é fundamental.
Em caso de dúvidas sobre como promover maior bem-estar aos colaboradores de sua empresa, entre em contato com a MINDSELF.