Todos sabem que a meditação é uma prática antiga e muito difundida pelas filosofias orientais, sendo que, é praticada há muitos anos. No entanto, sua incorporação no Ocidente é recente.
Por ser baseada em conceitos simples de respiração e concentração, a meditação tem se popularizado no mundo, de forma que suas técnicas têm sido reconhecidas pela ciência.
Cada vez, comprovações sobre os benefícios da prática têm surgido, isso porque, ela tem despertado o interesse no restante do mundo. Mesmo já existindo há anos no receituário da medicina chinesa e indiana, no ocidente ela vem sendo indicada por médicos e psicólogos. Inclusive, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a prática da meditação como prevenção de doenças psicoemocionais.
Como a meditação atua?
Com base na familiarização e recomendação de grandes instituições, as pesquisas, feitas ao longo dos últimos 10 anos, revelaram o incrível poder da meditação no controle e no combate do estresse, depressão e ansiedade.
Um estudo realizado pela doutora Débora Dell ́Aglio em 2009, professora de pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, constatou que a técnica da meditação é capaz de auxiliar na saúde física e psicológica.
Com semelhança ao yoga, a fonoaudióloga Claudia Lopes explica que a meditação pede quietude, o que permite atingirmos uma calmaria da mente e dos pensamentos, tornando possível, assim, termos um olhar de dentro para fora, nos posicionando de outra forma no contexto ao qual estamos inseridos, ou seja, a meditação busca a auto regulação do corpo e da mente.
Aliviando a maneira intensa com a qual o sistema nervoso está acostumado a trabalhar, estudos comprovaram que a meditação tem a capacidade de alterar a plasticidade cerebral, de forma a mudar a maneira como o cérebro responde a estímulos e na atuação de outras doenças.
A neurocientista da Escola de Medicina de Harvard, Sara Lazar, comparou a espessura do córtex cerebral de meditadores experientes com as de um grupo controle, em 2005. Ela encontrou uma diferença significativa e impressionante nas regiões relacionadas à sustentação da atenção e do foco entre os dois grupos, em que a espessura dos praticantes mais experientes teria sido constatada como maior em comparação com a espessura das outras pessoas.
No meio acadêmico, a técnica meditativa mais aceita e referenciada, é a Mindfulness, que foi desenvolvida por professores universitários nos Estados Unidos. Hoje, vemos centros especializados em meditação e em outras práticas alternativas aos montes, tanto no Brasil como no mundo. Segundo Cesar Augusto Machado, médico mastologista e cirurgião oncológico, que também atua como instrutor e palestrante sobre o tema de meditação, existem outras enfermidades que podem ser combatidas com o exercício:
- Melhora da memória, da atenção, das ações cognitivas;
- Beneficia o aprendizado, o controle das emoções e a qualidade do sono;
- Contribui para uma resposta imunológica melhor;
- Reduz a ansiedade, o estresse, o medo e o encurtamento da massa cinzenta cerebral – pode reduzir também o envelhecimento cerebral;
- Reduz indicadores que podem causar inflamação;
- Diminui o encurtamento dos telômeros, ajudando a proteger o material genético (telômeros são as extremidades dos cromossomos);
- Assim como doenças cardíacas e diabetes, alguns tipos de câncer têm em sua origem alterações corporais que a meditação consegue controlar.
Experimente meditar
O estado meditativo inclui o corpo e a mente. Confira algumas dicas interessantes para ativar seus sentidos, segundo a terapeuta Lopes:
- Visão: um ambiente à meia luz é aconchegante, experimente acender uma vela;
- Olfato: aromatize o ambiente com um óleo essencial, a essência de lavanda ajuda bastante a acalmar;
- Audição: coloque uma música de fundo com uma voz que te guie, pode ser encontrado no Youtube;
- Posição: o melhor é estar confortável, com a coluna ereta;
- Paladar: tome um chá um pouco antes de começar para acalmar seu corpo e treine sua respiração.
